quinta-feira, 22 de julho de 2010

Queda Livre

O ruído do metrô o incomoda, assim como o nissei falando em japonês com a mãe ao telefone. Ele levanta e vai para o fim do vagão. O ruído continua. Três estações. Duas. Uma. Ele desce do trem e se encontra com ela do lado de fora da estação. "Oi", um beijo fraco, constrangedor. "Oi, chegou tarde", três minutos de atraso, em uma relação morna, é tarde. "Tem tempo, não tem?" Relógio. "Tem".
Andaram e chegaram a tempo. O espetáculo começou e acabou. Todos riram, menos os dois. Saíram e no restaurante comeram. "A conta, por favor." 150 reais. "Meio a meio?" Suspiro de não-aguento-mais. "Pode ser." Saem os dois.
Carro,
rua,
avenida,
precipício.

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